Lucro do Modalmais cresce quase 3x no terceiro trimestre

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O banco digital Modalmais fechou o terceiro trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 49 milhões, quase 3x maior em relação ao mesmo período de 2020.

A margem líquida ajustada ficou em 23%, com alta de 5,8 pontos percentuais, na mesma base de comparação. Já a receita líquida somou R$ 212,6 milhões, expansão anual de 120,2%.

A instituição alcançou R$ 30,4 bilhões em ativos sob custódia (AuC), mais do que o dobro na comparação anual. Contribuiu para o resultado o recorde de captação líquida de R$ 6,3 bilhões no trimestre, vinda dos canais diretos e dos escritórios de agentes autônomos de investimento (AAIs) parceiros.

No varejo, o volume sob os cuidados do banco digital somou R$ 22,3 bilhões no trimestre, 3x maior ante igual intervalo de 2020. No institucional, a alta foi de 19,5% em igual base de comparação, atingindo R$ 8,1 bilhões em AuC.

A base total encerrou setembro com mais de 500 mil clientes ativos (quantidade que avançou 41,6% ano contra ano), de um total de mais de 1,5 milhão cadastrados (número que cresceu 38,7% na comparação anual).

“Esses resultados só foram possíveis com uma forte disciplina de execução. Chamamos atenção não apenas para o tamanho do resultado, mas a qualidade e ritmo de crescimento, em paralelo à integração das novas frentes de negócio em nosso ecossistema, a atenção à jornada do cliente, a diversificação das linhas de receitas e o controle dos custos e despesas”, disse Cristiano Ayres, CEO do banco digital, no relatório da administração.

A carteira de crédito colaterizado somou R$ 606,8 milhões no terceiro trimestre, um avanço de 74% ano contra ano. Com baixa exposição a risco, o produto representou o equivalente a 2,7% do AuC do varejo no período,

A modalidade tem se mostrado uma ferramenta importante de cross-sell, diz o banco, dando liquidez para os clientes sem prejudicar o portfólio. Trata-se de uma linha também adotada por outras corretoras, como XP e Guide.

Destaque também para a receita de mercado de capitais, que teve um crescimento de aproximadamente 4,5x no terceiro trimestre, somando R$ 38,8 milhões.

O avanço é explicado pelo acelerado crescimento de transações de dívida (DCM) e também pelo impacto positivo da Eleven, que tem ajudado a trazer clientes e fluxo de negócios para o Modal, “materializado neste trimestre através da participação em transações de ECM”.

Para ampliar o ecossistema, o banco comprou em setembro uma participação na fintech KeyCash, de olho no crescimento do home equity. No mês passado, também fechou a aquisição de 100% da LiveOn, que opera com banking as a service (BaaS), para avançar na estratégia de everything as a service (XaaS), com foco no B2B2C.

Não foram as primeiras aquisições feitas pelo banco digital. Neste ano, o Modalmais concluiu a compra do portal de notícias 1Bilhão, reforçando o investimento em educação financeira. Adquiriu, ainda, a startup de análise de dados Refinaria de Dados, a plataforma de consolidação de investimentos Carteira Global, a casa de análises Eleven Financial, a escola de treinamento de assessores Proseek e o hub de inovação Ela Vence.

O banco digital fez seu IPO na B3 em 30 de abril, levantando na ocasião R$ 1,2 bilhão. Do total levantado na oferta, R$ 783 milhões foram para o caixa da companhia para investimentos em tecnologia, marketing e expansão dos negócios por meio de aquisições estratégicas, além de crescimento da carteira de crédito.

Hoje, o banco digital vale R$ 3,87 bilhões. Nesta quinta-feira (11), as units do Modalmais fecharam o pregão em alta de 3,70%, cotadas a R$ 14.

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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.

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