Mercado Pago dá seu segundo passo no mundo dos investimentos

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O Mercado Pago, fintech do Mercado Livre, deu seu segundo passo para oferecer produtos de investimentos aos seus clientes. Nesta quinta-feira (2), a empresa lançou a opção de negociar criptomoedas em sua carteira digital.

O parceiro custodiante da operação será a norte-americana Paxos, que também oferece sua plataforma de blockchain para PayPal e Facebook. Ela permitirá integração com a conta Mercado Pago e o gerenciamento das operações.

Desta forma, os clientes poderão comprar ou vender a stablecoin da Paxos, a USDP, além de outras duas criptos conhecidas pelos brasileiros, o bitcoin e o ethereum. Os valores das aplicações são a partir de R$ 1.

Ao conversar com jornalistas na manhã desta quinta-feira, o presidente do Mercado Pago, Osvaldo Gimenes, comentou que a ideia é expandir “sem dúvida” para outros ativos, mas não há nada fechado ainda.

Neste primeiro momento, a opção de negociação de criptos aparecerá no aplicativo dos 20,5 milhões de clientes do Mercado Pago “nas próximas semanas”.

“É cedo para falar em números, mas a expectativa é positiva para a adesão”, comenta Tulio ulio Oliveira, VP do Mercado Pago, que também participou da coletiva.

O custo inclui a taxa para conversão de real para moeda a ser negociada, de 2% na transação. “Seremos o mais transparente possível”, diz Tulio .

Segundo os executivos, também há estudo para utilizar esses ativos diretamente como uma moeda de troca, ou seja, usar para comprar algo no Mercado Livre ou ser transferido para outras wallets. Mas, agora, se o cliente quiser comprar em sua plataforma de ecommerce terá que vender a cripto e, assim, transformar em real.

Tulio disse que esse lançamento é mais um passo do Mercado Pago para “para completar a proposta de valor” ao seu público. Há planos de lançar outros produtos de investimentos, mas ele não deu detalhes sobre isso. Além da novidade de hoje, a empresa oferece a conta 100% remunerada.

Mercado brasileiro

Os usuários brasileiros foram escolhidos, conforme Osvaldo, pelo tamanho e sua “sofisticação”. Um órgão regulador aberto à conversação como o Banco Central (BC) também favorece os propósitos da empresa com a iniciativa. A partir da experiência do mercado nacional, o Mercado Pago pretende expandir para outros países da América Latina.

“Com esse primeiro passo em direção ao universo cripto, queremos contribuir para um grande salto na educação e inclusão financeira da população brasileira”, afirma Tulio.

Pesquisa feita pelo Fórum Econômico Mundial, divulgada pelo Mercado Pago, mostra que há mais brasileiros operando com criptomoedas (39%) do que com as ações na bolsa (28%). Isso vem ao encontro do que acontece no mundo todo, já que a adesão global a criptomoedas cresceu 881% no último ano e 2.300% desde 2019.

O mercado de cripto tem atraído cada vez mais empresas. A Transfero, empresa de soluções financeiras baseadas em tecnologia blockchain com sede na Suíça, por exemplo, anunciou no começo de novembro sua atuação para o varejo no Brasil com o lançamento de uma plataforma para compra e venda de criptoativos.

O TC (antigo Traders Club) é outra empresa que está de olho no segmento. Tanto que em outubro adquiriu uma fatia da holding 2TM, controladora do Mercado Bitcoin (MB), corretora e plataforma de criptoativos.

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Redação: Conteúdos produzidos pela equipe de jornalistas do Finsiders,
além de artigos de executivos do setor

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