Brasileiro prioriza segurança em pagamentos digitais e adere mais às criptomoedas

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Você já deve estar cansade de saber que a pandemia e o consequente distanciamento social aceleraram a adoção de meios de pagamento digitais. Se lembra que o Pix, inclusive, debutou em novembro/2020? Pois bem, um novo estudo divulgado pela Mastercard reforça a tendência de uso dos pagamentos digitais entre os brasileiros.

Entre outras conclusões, a pesquisa — apresentada ontem (12) a jornalistas — mostra que segurança é fundamental para a utilização de novas tecnologias de pagamento. E mais: as criptomoedas, aos poucos, começam a ganhar espaço no dia a dia dos brasileiros.

A segunda edição da pesquisa global “New Payments Index” entrevistou mais de 35 mil pessoas em todo o mundo, sendo 6.004 na América Latina e 697 no Brasil, com entrevistas online, entre 21 de março e 21 abril deste ano.

De acordo com o levantamento, mais de 86% disseram ter usado ao menos um método de pagamento digital em 2021 e 94% afirmam que provavelmente usarão alguma dessas tecnologias no próximo ano. Nessa categoria estão pagamentos por aproximação, via QR Code e serviços de pagamento instantâneo.

“Brasil, Colômbia, México e Peru são os mercados que parecem mais confiar nos novos métodos de pagamento”, disse Estanislau Bassols, presidente da Mastercard no Brasil, em coletiva virtual com jornalistas.

Entre os países da América Latina, o Brasil é o país onde o uso da tecnologia biométrica é maior. Tanto é que 73% já utilizaram alguma forma de biometria para fazer pelo menos um pagamento e, para oito entre dez, usar a biometria para pagamento é uma ação mais segura do que usar um PIN, senha ou outro tipo de identificação. Mas com um detalhe importante: a segurança dos dados é um ponto de atenção para oito em cada dez entrevistados.

“Conforto é uma tendência ascendente, mas 52% dos brasileiros priorizam segurança na hora de escolher a forma de pagamento”, afirmou o executivo. Por geração, os Boomers (67%) são os que mais colocam a segurança como fator prioritário, seguidos pelas gerações X (53%) e Y (50%).

Cripto

Ainda de acordo com o estudo da Mastercard, quase metade (49%) dos brasileiros entrevistados utilizaram criptomoedas no ano passado, incluindo transações de pagamento por produtos e serviços ou uso de cripto como investimento.

Segundo a pesquisa, 86% dos brasileiros dizem que gostariam de ter funções relacionadas a criptomoedas disponíveis em sua instituição financeira atual. E sete em cada dez (72%) das pessoas preferem fazer pagamento com cripto se forem apoiadas por uma organização considerada confiável.

“Estamos vivendo diversas revoluções juntas: criptomoedas, pagamentos por biometria, a Mastercard também possui uma tecnologia ‘tap on phone’, e ainda tem o 5G chegando”, disse Estanislau.

Pix

Por ter sido feito em escala global, o estudo não incluiu uma pergunta específica sobre o Pix, que já soma mais de 130 milhões de usuários. “Na pesquisa, Pix está dentro da categoria de serviços de pagamento instantâneo”, afirmou o executivo.

Ele reconhece, contudo, o papel fundamental do Pix para a aceleração dos meios digitais de pagamento entre a população, assim como ocorreu com os pagamentos por aproximação, que cresceram mais de 4 vezes em 2021, ante o ano anterior, movimentando R$ 198,9 bilhões, segundo dados da Abecs, associação do setor de cartões.

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