Fintechs respondem por 58% do total investido em startups latinas em novembro

O restante do montante investido ficou dividido entre startups de mobilidade (US$ 50 milhões), varejo (US$ 46 milhões), agronegócio (US$ 31 milhões) e gestão (US$ 27 milhões). Inclusive foi uma fintech do agro, a Agrolend, a empresa a receber o maior cheque entre as startups brasileiras, em novembro.

Dos dez maiores rounds no mês passado, cinco foram de fintechs. Além da Agrolend, levantaram capital as mexicanas Kapital, Mendel e Baubap e a colombiana Finkargo. Com um detalhe que permeou o mês passado: todas essas captações citadas foram via dívida (debt). De maneira geral,

Entre os top 5 rounds no chamado ‘early-stage’, destaque também para as fintechs, mostra o levantamento da Sling Hub. Players como n1co (El Salvador), Ping (Argentina) e Yave anunciaram novas rodadas de investimento em novembro. Juntas, elas captaram mais de US$ 40 milhões.

Apesar do destaque, o montante investido em fintechs latinas em novembro foi 49% menor em relação ao apurado em outubro. Sinal de que o cenário continua desafiador para novos investimentos.

Crise

No mercado de startups como um todo, o mês de novembro apresentou o menor volume de funding deste ano. Foram registrados US$ 627,5 milhões em 137 funding rounds. A quantia representou uma queda de 34% na comparação com outubro e recuo de 58% ante novembro do ano passado.

“Os ajustes recentes de mercado vêm se mostrando especialmente duros para startups no late-stage. Com aumento de juros e redução da liquidez, VCs e outros investidores parecem estar mais cautelosos. Valuations estão mais constritos e as due diligences mais difíceis”, escreveu a Sling Hub, no relatório, o primeiro cobrindo 100% do território na América Latina.

Conforme o levantamento, novembro foi o mês com o menor valor médio de round (US$ 6,4 milhões), menos que a metade da média do ano, de US$ 13,7 milhões. “Os sinais parecem indicar que estamos vivendo na era dos rounds pequenos, com companhias ainda valorizando a inovação como parte de sua estratégia”, analisou a plataforma.

Em novembro, outro destaque foi a liderança do México. As startups das terras astecas captaram US$ 264 milhões, enquanto as empresas brasileiras levantaram US$ 171 milhões. Em terceiro lugar, apareceram startups colombianas (US$ 88 milhões). Em número de rounds, porém, o Brasil ficou no topo, com 63 deals — o Chile somou 27 e o México, 21.