Pix é o 2º meio de pagamento instantâneo mais usado no mundo

O Pix teve 29,2 bilhões de transações no ano passado e ficou atrás apenas da Índia, com 89,5 bilhões de operações no mesmo período

O Pix colocou o Brasil ainda mais na vitrine dos meios de pagamentos no mundo. De acordo com um recente estudo publicado pela ACI Worldwide com a Global Data, com 29,2 bilhões de transações, o país ficou na segunda posição global entre os meios de pagamentos instantâneos mais utilizados no ano passado.

O primeiro foi a Índia, um dos países mais populosos do mundo, com 89,5 bilhões de operações em 2022. Aliás, a Índia é considerada uma das referências de pagamento deste tipo. Foi por lá que surgiu o UPI (Interface Unificada de Pagamentos), de transferências instantâneas, em 2016.

Outro ponto positivo é que o avanço de serviços de pagamentos instantâneos foi da ordem de 228,9% no Brasil entre 2021 e 2022, país que foi responsável por 15% deste tipo de pagamento em todo o mundo. Para efeito de comparação, o crescimento na Índia no mesmo intervalo foi de 76,8%.

Fonte: ACI Wordwide/Global Data. Arte: Banco Central
Fonte: ACI Wordwide/Global Data. Arte: Banco Central

“O trabalho evidencia o quanto o Pix é uma política pública bem-sucedida e que está impactando positivamente a sociedade, trazendo eficiência e redução de custos para o país, e transformando a vida de milhões de pessoas e empresas”, afirmou Mayara Yano, assessora sênior do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do Banco Central (BC), em nota à imprensa.

Entre os maiores mercados globais, a China teve 17,6 bilhões de transações; a Tailândia, 16,5 bilhões; e a Coreia do Sul, 8 bilhões. Nesses países, as taxas de crescimento foram de 0,9%, 63,4% e 9,6%, respectivamente.

O último ano teve um total de 195 bilhões de transações via meios de pagamentos instantâneos no mundo, patamar 63,2% superior ao de 2021.

“Ele (o estudo) também coloca luz sobre o potencial futuro de interconexões entre os diversos sistemas, sendo uma alternativa a pagamentos transfronteiriços, aumentando a eficiência, reduzindo custos e melhorando a usabilidade dessas transações”, disse Breno Lobo, consultor no Decem, do BC, também em nota.

Jovens

Entre as pessoas com 15 anos ou mais, o Brasil ficou no 1º lugar nas transações na América Latina, com 14,2 por pessoa. A nível global, o país ficou com a 4ª posição. O primeiro foi a Tailândia, com 23, seguido do Bahrain, 19,1, e da Coreia do Sul, com 14,7.

E as projeções para os próximos anos também são positivas. A média de transações mensais do Pix por pessoa de 15 anos ou mais deve subir para 51,8 em 2027, o que pode inserir o Brasil na segunda posição.

Até lá, os pagamentos instantâneos devem registrar um aumento de 162,4%, para 511,7 bilhões de operações, e responder por uma fatia de 27,8% de todos os pagamentos eletrônicos no mundo.

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