BC autoriza Avenue a realizar operações no mercado de câmbio

Até então, a corretora Avenue oferecia o serviço aos clientes por meio de parcerias com um banco de câmbio associado

A corretora norte-americana Avenue Securities, voltada para o público brasileiro no exterior, recebeu nesta quarta-feira (17) a autorização do Banco Central para operar com câmbio direto na sua plataforma. Até então, a empresa oferecia o serviço aos clientes por meio de parceria com um banco de câmbio associado.

Dessa forma, a empresa afirma que a previsão é realizar transações de até US$ 300 mil ou o equivalente em outras moedas com a sua própria estrutura. De acordo com a Avenue, são mais de 700 mil clientes em carteira.

E a procura por transações de câmbio na sua base registrou um salto de dois dígitos no primeiro trimestre deste ano frente ao período de outubro a dezembro de 2022. Com o aval do BC, a expectativa é triplicar o volume de negócios no segmento até o final do ano.

Além disso, a ideia é criar mais serviços personalizados, aumentando o limite diário dos clientes, e desenvolver novas maneiras de enviar e receber dólares e reais para outros países.

“Estamos aprimorando constantemente os nossos serviços para oferecer uma experiência completa para os brasileiros que querem internacionalizar suas relações financeiras, tanto no banking quanto nos investimentos. Para isso, é preciso ter uma estrutura de câmbio capaz de atender as demandas cada vez mais complexas de nossos clientes”, explica André Algranti, chief business development officer (CBDO) da Avenue, em comunicado à imprensa.

Trajetória

Fundada em 2018 por Roberto Lee, um ex-executivo da XP, a Avenue foi uma das empresas que mais tração nos últimos anos com o movimento dos brasileiros em investir fora do país para proteger o patrimônio das oscilações internas. Assim, atraiu para o captable fundos como Google For Startups, Igah Ventures e SoftBank — incluindo uma Série B de R$ 150 milhões liderada pelo fundo japonês.

Em julho do ano passado, trouxe para dentro de casa o Itaú com a venda de 35% do seu capital em um ‘deal’ de R$ 493 milhões, podendo disponibilizar acesso à bolsas como Nasdaq e Nyse e produtos de renda fixa, fundos de investimentos e carteiras administradas para os mais de 60 milhões de correntistas do banco. Hoje, seu cartão é aceito em mais de 150 países.

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