CAPTAÇÃO

Lina, infratech de soluções 'Open', confirma novo aporte, o segundo desde o início das operações

Em outubro do ano passado, o CEO e cofundador da infratech, Alan Mareines, revelou ao Finsiders que negociava uma nova captação

A Lina Open X, empresa de soluções de infraestrutura para o mundo Open, acaba de receber um aporte de R$ 8 milhões liderado pela gestora MSW Capital, por meio do fundo MultiCorp 2, que tem BB Seguros, Baterias Moura, AgeRio e Embraer como investidores. 

Em outubro do ano passado, o CEO e cofundador da infratech, Alan Mareines, revelou ao Finsiders que estava em negociação de uma nova captação. “O objetivo dessa rodada é justamente fomentar essa nossa curva de crescimento”, afirmou ele na ocasião, sem entrar em detalhes.

Esse é o segundo cheque que a Lina recebe desde o início das operações, em outubro de 2020. Em agosto de 2022, a companhia levantou R$ 7,5 milhões com a RTM, hub integrador do mercado financeiro que tem como acionistas a Anbima e a B3.

‘Caixa de ferramentas’ para o mundo Open

O objetivo da Lina é ser o “braço” de Open Finance e Insurance de instituições financeiras e seguradoras, com soluções de infraestrutura, conectividade e inteligência de dados. “Nós oferecemos a caixa de ferramentas tecnológica que toda instituição precisa para adentrar ao mundo Open”, disse Alan, na entrevista recente ao portal.

O anúncio da nova captação ocorre cerca de três meses depois que a Lina recebeu autorização do Banco Central (BC) para atuar como instituição de pagamento (IP), na modalidade de iniciador de transação de pagamento (ITP). É o primeiro passo, então, para que o serviço seja lançado pela infratech, o que deve ocorrer nos próximos meses. 

Atualmente, a infratech tem mais de 40 empresas no portfólio. Entre os clientes estão, por exemplo, Banco BRP, SulAmérica, HDI, Afinz e iugu, entre outros. A expectativa é mais do que dobrar esse número até o ano que vem, afirmou o CEO na conversa com o portal. 

Open Insurance

De acordo com Bruno Alves, diretor de estratégia e tecnologia da BB Seguros, há oportunidades para que as soluções no ambiente Open sejam cada vez melhores e personalizadas. “A Lina tem a capacidade de apoiar empresas a se prepararem para esse novo cenário”, afirma, em nota.

O interesse da BB Seguros pela Lina se justifica. Neste ano, a expectativa é que haja avanços na implementação do Open Insurance. Uma das novidades, e também grande aposta da infratech, é a chamada SPOC (Sociedade Processadora de Ordem do Cliente). Prevista para a fase 3, ela substituiu a Sociedade Iniciadora de Serviços de Seguro (Siss). Em outras palavras, trata-se de uma espécie de “ITP” da indústria de seguros.

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