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FIDCs crescem 84% em 2023, com ajuda de Stone, Neon, Meutudo e outras

Dado é da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); fundos imobiliários e de participação também batem recordes no ano passado

As emissões de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) cresceram 84,4% no ano passado. Ao todo, foram R$ 74,4 bilhões em 2023, ante R$ 40,5 bi em 2022. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29) pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no Boletim Econômico referente ao quarto trimestre de 2023, que consolida os números do ano.

A matéria é do site parceiro Fintechs Brasil.

Os FIDCs são uma estrutura de funding bastante usada por fintechs de crédito, e depois de um pico em 2022, vinham em queda até maio do ano passado. Mas no segundo semestre a demanda aumentou. Segundo a plataforma Sling Hub, no total 17 fintechs recorreram a ele. Na lista estão Asaas, Neon, Pravaler, Stone, Meutudo, iugu, Isaac, BomConsórcio, Elleve, Agroforte, Culttivo, Ulend, iCred, Torq, UPVendas, VIPe e Scalable.

Mas, se os FIDCs reviveram, quem bateu recorde mesmo foram outros. Segundo o boletim, os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) emitiram 90,7% mais (R$ 69,6 bilhões em 2023 e R$ 36,5 bi em 2022), e os Fundos de Investimento em Participação (FIPs) foram o maior destaque do ano, crescendo 200% (R$ 92,1 bi em 2023 e R$ 30,3 bi em 2022). 

Os números são um importante contraponto às quedas nos mercados de debêntures e ações, de 9,5% e 44,7%. No caso das debêntures, o total das emissões em 2023 somou R$ 244,1 bilhões; já no caso das ações, as operações totalizaram R$ 31,7 bilhões.

O valor das ofertas de crowdfunding em 2023 também cresceu substancialmente: 50%, e atingiu R$ 360 milhões. O número de plataformas eletrônicas que oferecem esse tipo de investimento participativo, regido pela Resolução CVM 88/22, passou de 57 a 72 – um aumento de 26%.

Emissões – valor acumulado ao longo do ano, por regime (valor em R$ bi)
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