“Por construção social, as mulheres não estão nos cargos de poder, somos metade da população, mas há apenas 13% a 14% nas chefias. No ambiente empreendedor hoje quase metade dos negócios são liderados por mulheres, então não estamos subrepresentadas. O que não temos é apoios e politicas”, diz Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME). “As empreendedoras dificilmente chegam ao topo; dos 12 unicórnios brasileiros só um – o Nubank – tem uma cofundadora; o resto, só homens brancos. Investidores brancos investem em empreendedores brancos, o que gera um círculo vicioso de diificuldade de acesso a crédito por parte das mulheres”, afirma.
A RME acaba de realizar seu evento anual – desta vez, 100% online – que em dois dias teve mais de 100 mil participantes do mundo todo.
Segundo Ana, hoje a Rede tem 750 mil mulheres conectadas, às quais oferece serviços, conteúdos, programa de aceleração, marketplace e mentoria individual e em grupo, além de programas de capacitação para mulheres no Brasil todo. Durante a pandemia, a RME liderou dois projetos, com apoio dos três maiores bancos privados brasileiros e do Google, para geração de renda.