Creditas e CloudWalk são candidatas a IPO em 2022, segundo PitchBook

Oito fintechs na América Latina são candidatas a IPO este ano. Na lista do PitchBook, estão as brasileiras Creditas e CloudWalk, além da mexicana Clara e da colombiana Addi, ambas com presença local. Completam a relação: Clip, Ualá, Konfio e Kushki.

Aparecem, ainda, as proptechs brasileiras Loft e QuintoAndar, que têm verticais fortes em serviços financeiros, assim como os também unicórnios MadeiraMadeira, Facily, Wildlife Studios, CargoX e Loggi.

Para montar a lista — que reúne mais de 20 empresas investidas por VCs e avaliadas acima de US$ 500 milhões –, o PitchBook considerou a média dos IPOs nos EUA, de US$ 630,8 milhões.

Entre as fintechs brasileiras, Creditas e Ebanx (que não aparece na lista) preparam IPO para 2022. A empresa fundada por Sergio Furio, por exemplo, busca um valuation entre US$ 7 bilhões e US$ 10 bilhões, segundo informações apuradas pelo Pipeline, site de negócios do Valor Econômico. A oferta deve ficar para o segundo semestre.

O Ebanx, por sua vez, espera ser avaliada em mais de US$ 10 bilhões em um provável IPO na Nasdaq, de acordo com reportagem da Bloomberg. Em junho do ano passado, a fintech de pagamentos levantou um round de US$ 430 milhões com a Advent. Nos últimos meses, anunciou a compra da Juno e da Remessa Online — essa última por mais de R$ 1,2 bilhão.

Em um ano de eleições e com cenário de juros altos, a tendência é que o ritmo de IPOs diminua em 2022, indo na contramão de 2021, ano em que o volume de operações movimentou R$ 154 bilhões, incluindo ofertas na B3 e nas bolsas norte-americanas, conforme matéria do Valor.

Na fila para IPO por aqui, estão empresas como as gestoras Invest Tech e Captalys, que protocolaram pedido em 2021. A lista total de ofertas em análise na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) tem 21 nomes.

Queda livre

Depois de estrear com uma alta de mais de 14% das ações na Nyse, o Nubank enfrenta nas últimas semanas uma série de baixas, seguindo o movimento global de ações de empresas de tecnologia.

Com o papel precificado a US$ 9 no IPO e valendo US$ 41,5 bilhões, o banco digital agora está avaliado em US$ 34,5 bilhões e já perdeu o posto de banco mais valioso da América Latina.

Nesta segunda-feira, os papéis na Nyse negociam abaixo de US$ 7, na mínima histórica, por volta de 12h51.

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