O Banco Central anunciou nesta terça-feira (2) o reforço de segurança com aprimoramentos nas informações compartilhadas junto às instituições financeiras e de pagamentos no âmbito do Pix — um passo importante diante do avanço dos casos de fraudes no país.
Neste momento, o BC ataca dois pontos cruciais do sistema instantâneo de pagamentos: a notificação de infração, que permite fazer uma marcação nas chaves em com indícios de suspeita, e a consulta de informações das chaves dos usuários para fins de segurança.
Agora, a instituição vai permitir que os usuários possam especificar o tipo de notificação, como golpe, estelionato e invasão de conta, e o tipo de fraude cometida, a exemplo de uma conta aberta em nome de terceiros.
Já no caso das consultas das informações, o órgão informa que mais dados estarão disponíveis para o acesso dos consumidores, incluindo o número de infrações por conta laranja, falsidade ideológica sobre a chave Pix ou ao usuário, quantidade de participantes que aceitaram notificação de infração de determinado usuário ou chave e o número de contas vinculadas a um usuário.
“O resultado dessas mudanças é uma maior eficácia no combate à fraude, uma vez que as instituições passarão a ter melhores subsídios para aprimorar os próprios modelos de prevenção e detecção de fraude”, afirma Breno Lobo, consultor na gerência de gestão e operação do Pix do Banco Central, em nota. “Na prática, as instituições terão melhores condições de atuar preventivamente (rejeitando transações fraudulentas ou bloqueadas cautelarmente os recursos) e, em última instância, resultará em maior proteção aos usuários.”
Antes disponibilizadas sobre o período de apenas seis meses, agora as consultas poderão abranger os últimos cinco anos. Como é necessário fazer ajustes nos sistemas do BC e das empresas participantes, as medidas entram em vigor a partir de 5 de novembro.
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