Em sua segunda aquisição, QI Tech compra Builders Bank

Com a aquisição, a QI Tech vai oferecer produtos no formato white-label, permitindo que as empresas tenham suas soluções financeiras

A QI Tech, fintech que oferece produtos e serviços bancários no modelo ‘as a service’, acaba de dar mais um passo em seu plano de ser uma plataforma “one-stop-shop”. A empresa anunciou nesta terça-feira (18) a compra do Builders Bank, startup de desenvolvimento de aplicativos bancários. O valor da transação não foi revelado.

O negócio vai permitir à fintech entregar um produto no modelo white-label, para que cada empresa tenha as suas próprias soluções financeiras.

“Acreditamos que esse é o momento de investir em soluções rápidas, para que toda empresa possa ser, também, um banco com funcionalidades personalizadas, de acordo com a necessidade de seus clientes”, afirmou Pedro Mac Dowell, sócio-fundador e CEO da QI Tech, em nota à imprensa.

É a segunda aquisição feita pela QI Tech desde que recebeu um aporte de R$ 270 milhões do Fundo Soberano de Cingapura (GIC). Em dezembro de 2021, a fintech divulgou a compra da Zaig, startup que atua na prevenção de fraudes, onboarding e esteira cadastral.

Os movimentos inorgânicos já haviam sido comentados por Marcelo Bentivoglio, sócio responsável por estratégia, em entrevista ao Finsiders há praticamente um ano.

O negócio

Criada no início de 2018 e primeira Sociedade de Crédito Direto (SCD) aprovada pelo Banco Central, a QI Tech desenvolveu uma plataforma com diversos produtos e serviços bancários, como conta escrow, emissão de dívida, emissão de boletos, análise de crédito, trava de recebíveis, entre outros. No portfólio, tem mais de 200 clientes — entre eles, Vivo, Unidas, QuintoAndar e Enjoei.

Em janeiro, a empresa também obteve a licença para ser uma distribuidora de valores mobiliários (DTVM). Quando conversou com o Finsiders, o CEO projetou um aumento da receita em 15% no ano e a meta de chegar a dezembro com R$ 10 bilhões em ativos sob administração. Em 2022, a QI Tech encerrou o ano com R$ 5,8 bilhões em operações de crédito emitidas.

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