Fintechs são principal alvo de tentativas de fraudes no semestre

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Quase metade (48%) das tentativas de fraudes de identidade no primeiro semestre deste ano envolveram clientes de fintechs. O dado faz parte de um levantamento divulgado hoje (5) pela unico, startup de soluções de identidade digital (IDTech).

Na primeira metade do ano, foram apuradas mais de 5 mil tentativas de fraudes de identidade por hora em todo o país, o que totaliza mais de 2 milhões de ações do tipo. A unico estima que foram evitados prejuízos da ordem de R$ 59 bilhões.

As fintechs lideram a lista, com mais de 1 milhão de tentativas de fraudes. Em seguida, aparecem os bancos, com mais de 510 mil. Na sequência, está o varejo, setor em que foram evitadas mais de 234 mil ações fraudulentas nos seis primeiros meses do ano.

Segundo André Nery, diretor de produto da unico, o número de tentativas de fraudes quase dobrou entre um ano e outro.

“O uso de tecnologias de reconhecimento facial com biometria se faz cada vez mais necessário para barrar essas ações e dificultar a vida dos fraudadores”, aponta o executivo, em nota, citando que a solução de autenticação de identidade via biometria facial da unico, o unico Check, evita sete tentativas de fraude a cada segundo.

Ainda de acordo com o levantamento, a fraude mais verificada são as via injection (injeção, em português). Basicamente, durante a captura da imagem do usuário, o fraudador se utiliza de um outro software para imputar uma foto da pessoa fraudada diretamente da galeria do celular. Bonecos ou manequins se passando por pessoas também são comuns entre as ações dos golpistas.

Para apurar os dados, a unico acompanhou 14 segmentos ou setores, em que a tecnologia de biometria facial identificou tentativas de uma pessoa tentando se passar por outra ao abrir uma conta no banco, solicitar crédito, fazer uma compra online, realizar uma transação, entre outras situações.

Os segmentos analisados foram: administradoras de cartões; alimentos e bebidas; aplicativos; bancos; e-commerce; financeiras; fintechs; mobilidade; saúde, serviços; energia, tecnologia da informação e varejo.

Não é novidade…

Outra pesquisa, divulgada em abril pela Neoway em conjunto com a Combate à Fraude, mostrou que fintechs e bancos são os alvos preferidos dos fraudadores, seguidos por marketplaces, delivery e logística.

No ano passado, a empresa de soluções antifraude ClearSale também analisou um total de 35 milhões de propostas e identificou mais de 1 milhão de tentativas de fraudes no setor financeiro, envolvendo processos digitais, como abertura de conta, transações via Pix, emissão de cartões, e contratação de empréstimo pessoal e crédito direto ao consumidor (CDC).

A digitalização no setor financeiro foi acelerada nos últimos anos, e com ela cresceu também a quantidade de tentativas de ataques cibernéticos e fraudes. Estudo da Febraban com a Deloitte, também divulgado em abril, apontou que os bancos destinam, em média, cerca de 10% do seu orçamento em TI para segurança cibernética — o que equivale a R$ 2,5 bilhões.

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