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Nubank pede pra sair: menos de um ano depois do IPO, vai deixar de ser registrado na B3 - Finsiders

Nove meses depois da abertura de capital com dupla listagem — Nyse e B3 –, o Nubank pediu o cancelamento do registro na bolsa de valores brasileira e seguirá como companhia de capital aberto apenas no mercado norte-americano. A reportagem é do portal parceiro Finsiders.

Na prática, os papéis do Nu continuarão sendo negociados no Brasil, mas não via BDRs Nível III, e sim como BDRs Nível I, emitidos por empresas estrangeiras sem que a operação seja listada no Brasil.

Em fato relevante, o banco digital informou que a decisão foi tomada com o objetivo de “maximizar a eficiência e minimizar redundâncias consequentes de uma companhia aberta em mais de uma jurisdição.”

Segundo o Nubank, o plano para descontinuidade do programa de BDRs Nível III será submetido à B3. Caso seja aprovado, os acionistas terão terão três opções. Uma delas é se manterem acionistas mediante o recebimento de ações ordinárias classe A negociadas na Nyse.

Nessa primeira alternativa, o investidor deverá ter, no mínimo, 6 BDRs — que equivalem a uma ação ordinária classe A –, além de uma conta ativa em uma corretora nos Estados Unidos (alô, AvenueStakePassfolioNomad e cia!).

Outra opção é continuar como detentor de BDRs por meio da troca, na proporção de um para um, para os BDRs Nível I. Por fim, a terceira alternativa é vender os papéis na B3 ou na bolsa norte-americana, num processo facilitado a ser instituído pela companhia — o que depende da aprovação da B3 e da CVM.

Em nota, a cofundadora e CEO do Nubank no Brasil, Cristina Junqueira, diz que a empresa visa maximizar a eficiência e a escalabilidade reduzindo cargas de trabalho duplicadas desnecessárias em requisitos regulatórios, que consomem recursos consideráveis.

“Nosso foco é melhorar processos, produtividade e escalabilidade para entregar crescimento e valor para todos os nossos stakeholders”, afirmou ela, no texto.


Finsiders é uma plataforma de conteúdo especializada no ecossistema de fintechs, fundada pelo jornalista Danylo Martins