Warren e Vitra se unem e querem criar a maior 'wealthtech' do país

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Para sobreviver no mercado de capitais, empresas estão recorrendo à união entre o tradicional e o digital por meio de parcerias e aquisições. Tanto que esta sexta-feira (15) contou com mais uma novidade: o anúncio de que a plataforma de investimentos Warren e o multi-family office Vitra se uniram na tentativa de criar a maior ‘wealthtech’ do país.

Com a iniciativa, a Warren se consolida no mercado de gestão de patrimônio e dobra de tamanho, pulando para mais de R$ 20 bilhões sob gestão. A Vitra tem aproximadamente R$ 12 bilhões de ativos em seu guarda-chuva.

“O mercado de gestão de patrimônio é muito robusto e já agrega um valor poderoso nos serviços prestados. O que começaremos a fazer juntos é modernizar a operação de family-offices entregando soluções que irão oferecer muito mais eficiência para os dois lados”, declara o CEO da plataforma de investimentos, Tito Gusmão, em comunicado.

Ao Valor Econômico, Tito disse ainda que a casa prevê quase dobrar a quantidade de clientes em 2022, de mais de 250 mil clientes, para algo superior a 400 mil contas.

Com a união, os sócios da Vitra se tornam acionistas da Warren. Para Roberto Rudge, um desses executivos, a missão, agora, será disponibilizar um serviço de gestão de qualidade, com custos transparentes. “O cliente paga somente pela prestação de serviços sem qualquer comissão pela venda de produtos, eliminando o conflito de interesse”, explica. O foco, portanto, é na experiência do cliente – que o leitor sabe que, com a competição acirrada, é mais do que necessário.

A base da Warren deve se beneficiar da experiência em alocação do time da Vitra, absorvendo conhecimento em gestão de longo prazo (portanto, entre gerações). E, para a Vitra, nas palavras de Roberto, “a união representa a possibilidade de incorporar um forte DNA tecnológico, trazendo mais controle e uma experiência ainda melhor para os clientes”.

A Vitra conta, hoje, com uma equipe de 22 pessoas na sua sede em São Paulo. A operação da empresa é formada por uma estrutura exclusiva e que oferece um atendimento customizado para as necessidades de cada uma das famílias. O multi family-office oferece o serviço de gestão de patrimônio e planejamento patrimonial para empreendedores de tecnologia inspirada por family-offices americanos que atendem empreendedores do Vale do Silício.

‘Ser a maior corretora’

O anúncio desta sexta-feira deixa ainda mais claro que a Warren, fundada em 2017, não poupará trabalho e recursos para alcançar o objetivo de ser de ser a maior corretora do país no longo prazo, conforme entrevista concedida pelo CEO da fintech ao Finsiders, logo após anunciar aporte de R$ 300 milhões em abril. Faz pouco mais de um mês que a empresa também fechou a aquisição da Renascença DTVM. A transação não teve o valor revelado.

A Renascença, que é dealer do Banco Central (BC) e do Tesouro Nacional, está presente no mercado financeiro e de capitais há mais de 40 anos, direcionando suas atividades a operações de renda fixa e de open market junto a mais de 300 clientes institucionais ativos. Este movimento com a Warren permite realizar um desejo de ambas em estar na vanguarda do mercado institucional e, novamente, entregar uma experiência ainda mais completa aos clientes.

Outra grande aposta da corretora está em sua plataforma para profissionais de investimentos, a Warren for Business, segmento que começou avançar no ano passado.

Ainda em 2020, a empresa também ampliou a oferta de produtos aos clientes, incluindo câmbio, seguro de vida, educação, planejamento financeiro e off-shore. Com isso, a Warren passou a oferecer o que a empresa chama de “um ecossistema completo de wealth management” para os clientes.

Mercado em movimento

E, olha, o que não faltam são notícias do mundo de investimentos para comprovar que ninguém quer ficar para trás nesta competição, ainda mais com a aproximação do Open Finance.

Assim, como tem ocorrido entre bancos digitais, a tendência do mercado é essa, de agregar novos produtos e serviços financeiros para incrementar as fontes de receita e manter sua base de clientes em ritmo crescente.

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