Tokenização impulsiona experiência do cliente com pagamentos

A tendência do 'tap on phone' também pode ser mais segura com essa tecnologia, analisa o diretor de negócios de soluções de emissões da Fiserv

Não é novidade para ninguém que o mundo dos meios de pagamento está passando por uma grande transformação, e a tecnologia tem possibilitado uma “remodelação” da experiência do cliente (CX). Uma das inovações de destaque é a tokenização. No contexto dos pagamentos, é um processo que substitui os dados confidenciais do cartão por tokens únicos e gerados aleatoriamente. Na prática, esses tokens são desprovidos de qualquer valor direto ou indireto, tornando-os inúteis para os cibercriminosos. 

Para justificar a tokenização como tendência, recentemente, a Visa anunciou que as suas transações online tokenizadas no Brasil cresceram 200% na comparação entre junho de 2022 e junho de 2023. A Fiserv, em sua plataforma omnichannel de pagamentos Carat que contempla todas as bandeiras, também registrou um aumento de 118% nas transações online tokenização, de janeiro a agosto deste ano. Fato dado: tokenização é uma tendência no segmento dos meios de pagamento.

Além de proporcionar mais segurança nas transações, a tokenização simplifica o processo de pagamento, aprimorando a experiência do cliente. Ao efetuar um pagamento, os clientes não necessitam mais compartilhar os detalhes do cartão. Em vez disso, são utilizados tokens para as transações, assim reduzindo o atrito e economizando tempo.

Personalização

A tokenização também pode ser aproveitada para fornecer uma experiência mais personalizada. Empresas podem utilizar dados tokenizados para obter informações valiosas sobre o comportamento e as preferências dos clientes. Com a informação, é possível adaptar as suas ofertas, promoções e estratégias de marketing aos perfis individuais. Dessa forma, esse nível de personalização pode resultar em taxas de conversão mais altas e na fidelização dos clientes.

Alexandre Borghoff, da Fiserv. Foto: Divulgação

Os benefícios se estendem, ainda, aos pagamentos multiplataforma e omnichannel. Atualmente, os clientes esperam a flexibilidade de realizar pagamentos por meio de diversos canais, como aplicativos móveis, websites e lojas físicas. Segundo o Banco Central, em 2022 o canal de acesso mobile foi responsável por 80% das transações no Brasil. Nesse sentido, a tokenização é recurso crucial para aumentar a segurança dos dados de pagamento em todos esses pontos de contato, proporcionando uma experiência multicanal, livre de atritos.

Tap on phone’ e carteiras digitais

A tendência do ‘tap on phone’, que permite que as empresas transformem os seus smartphones em terminais de ponto de venda (POS), também pode ser mais segura com a tokenização. Além disso, a tecnologia desempenha um papel importante no provisionamento automático de informações de pagamento em wallets digitais, cada vez mais populares entre os consumidores.

Com a tokenização, a adição de cartões de crédito ou débito a essas carteiras se torna mais segura e eficiente. Em outras palavras, os dados do cartão são substituídos por tokens únicos, o que significa que os números reais do cartão não são armazenados na carteira digital. Isso simplifica o processo de adição de cartões, tornando-o rápido e livre de preocupações para os usuários. 

Portanto, a tokenização é a chave para uma CX aprimorada, uma vez que os clientes valorizam a facilidade de uso e a tranquilidade em relação à segurança de suas informações financeiras ao usar wallets digitais. As empresas que a adotam não apenas protegem seus clientes, mas também elevam sua experiência, fortalecendo o relacionamento e trazendo mais vantagem competitiva no cenário de pagamentos. À medida que a tecnologia continua avançando, a tokenização continuará sendo um catalisador na procura contínua de proporcionar experiências de pagamento em todo o mundo. Em resumo, é um caminho sem volta!

*Alexandre Borghoff é diretor de negócios de soluções de emissões da Fiserv no Brasil.

Este é um espaço editorial, com análises e opiniões de especialistas de mercado e executivo(a)s com temas de interesse do ecossistema de fintechs. O Finsiders não se responsabiliza pelas informações do texto.

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