RESULTADOS

Núclea tem lucro de R$ 586 milhões em 2023 e movimenta R$ 18 tri 

A empresa de infraestrutura em pagamentos distribuiu dividendos extraordinários de R$ 1 bilhão aos bancos acionistas

André Daré, CEO da Núclea - Imagem: Divulgação
André Daré, CEO da Núclea - Imagem: Divulgação

A Núclea (antiga CIP), provedora de soluções de infraestrutura em pagamentos, transações digitais e inteligência de dados, informou que teve, em 2023, um lucro líquido de R$ 586 milhões, alta de 43% na comparação com o ano anterior.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 657 milhões, 52% superior ao resultado de 2022. Com os números positivos, a Núclea distribuiu dividendos extraordinários de R$ 1 bilhão.

No ano passado, o faturamento da companhia foi de R$ 1,6 bilhão, incremento de 18% em relação a 2022. O volume transacionado, porém, passou de R$ 19 trilhões em 2022 para mais de R$ 18 trilhões entre um ano e outro. Foram mais de 29 bilhões de operações em 2023, contra 31,3 bilhões em 2022. A companhia é responsável por 100% do registro de boletos e 90% da liquidação de cartões de débito e crédito no Brasil.

De acordo com André Daré, CEO da Núclea, em 2023, a empresa intensificou o relacionamento com a carteira para aumentar eficiência e performance. Atualmente, a companhia totaliza mais de 800 clientes ativos e 820 funcionários. “Conquistamos resultados expressivos ao mesmo tempo em que mantivemos aspectos amplamente reconhecidos pelo mercado como integridade, confiança e segurança”, disse André. O executivo assumiu o comando em janeiro de 2023, oriundo do Itaú. 

Novos negócios

Nos últimos anos, a Núclea vem passando por um processo de transformação. Em 2022, ainda como CIP, fez uma desmutualização e se tornou uma S.A. de capital fechado. Hoje, a empresa tem 48 bancos como acionistas. 

Além disso, para se manter competitiva, a companhia tem diversificado os negócios, seja criando soluções dentro de casa, seja por meio de aquisições e parcerias. Em 2023, por exemplo, comprou 100% da registradora CRT4 (pronuncia-se “Certa”), que oferece serviços de registro de ativos financeiros como CDBs, RDBs, letras de câmbio e registro de valores mobiliários, como derivativos. 

A entrada no mercado de tokenização foi outro passo. A Núclea integra o piloto do Drex, a moeda digital do Banco Central. “Queremos ser um player relevante dentro desse ecossistema”, enfatiza André. Nessa direção, inclusive, a empresa é investidora da BEE4, mercado de negociação de ações tokenizadas de pequenas e médias empresas (PMEs) que opera no sandbox da CVM.