O Banco Central (BC) acaba de colocar no ar a primeira consulta pública, tendo em vista a regulamentação do mercado de prestação de serviços de ativos virtuais (criptoativos) no Brasil. Os comentários e sugestões podem ser feitos até 31 de janeiro de 2024.
O órgão pretende lançar, entre abril e maio do ano que vem, a segunda consulta, já com as minutas da regulamentação. Nessa primeira, são oito blocos temáticos, com um questionário de 38 perguntas. As respostas podem ser parciais ou totais, sempre com a indicação do tema e da questão objeto da manifestação, diz o BC.
“A adequada segregação do patrimônio do cliente, assim entendido como seus recursos disponíveis e os ativos virtuais de sua titularidade segregados do patrimônio da entidade prestadora de serviços de ativos virtuais é um dos temas de maior relevância na matéria, notadamente em cenários de crise”, escreve o BC.
Veja a lista completa dos temas:
- Segregação patrimonial e gestão de riscos;
- Atividades desenvolvidas e ativos virtuais negociados;
- Contratação de serviços essenciais;
- Regras de governança e conduta;
- Segurança cibernética;
- Prestação de informações e proteção dos clientes;
- Regras de transição;
- Manifestações gerais
Em uma live na última segunda-feira (11), Antonio Guimarães, consultor do departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, disse que a expectativa é ter uma regulação específica para os provedores de serviços de ativos digitais (Vasps, na sigla em inglês) e outra com foco em instituições, como bancos, que vão oferecer o serviço. Além disso, a regulamentação deverá também criar definições para as empresas que se intitulam “crypto as a service”, afirmou Guimarães.
O BC foi definido como órgão competente para regular o mercado de criptoativos a partir da Lei nº 14.478/2022 e do Decreto nº 11.563/2023.
Quer se aprofundar no tema? Acesse o site parceiro Blocknews.
Veja também:
Com Pix, cripto e câmbio, Z.ro Bank pivota negócio e traz novo CFO
Maioria das empresas de cripto aguarda regulação, diz estudo
Rumo ao ‘Open Capital Market’, CVM abre consulta sobre portabilidade de investimentos