ESG: iniciativas sustentáveis de empresas brasileiras dão retorno financeiro baixo

Resultados são piores do que a média mundial, segundo a fintech Yieldrive

A primeira reportagem da série em parceria de Fintechs Brasil com a plataforma Yieldrive revela que as iniciativas sustentáveis das empresas brasileiras dão retorno financeiro muito abaixo da média mundial. Nem mesmo a líder do ranking, a Ambev, conseguiu pontuação acima da média das Top 10 globais. O ranking brasileiro analisa apenas companhias com recibos de ações nas bolsas dos Estados Unidos (ADRs).

A Yieldrive desenvolveu uma metodologia que envolve a coleta de dados e uso de Inteligência Artificial para chegar a pontuações (scores) que classificam as empresas listadas em bolsas de acordo com quanto valem seus investimentos em ESG (sigla para as dimensões ambiental, social e governança, em inglês). Em outras palavras, “traduzidos” em dólares. Assim, a plataforma promete ajudar investidores a tomar decisões e rebalancear seus portfólios guiados por esse retorno (ou yield, em inglês).

Segundo Willian Cox, um dos sócios fundadores da fintech que tem sede na Suíça, dados sobre investimentos corporativos em ESG são frequentemente transformados em pontuações, classificações e rankings, mas falta correlação com rentabilidade. “A Yieldrive constrói a ponte entre os mundos ESG e financeiro”, diz.

Até o final de dezembro, vamos divulgar semanalmente outros três rankings elaborados pela Yieldrive com as campeãs em 2023. O próximo traz empresas globais de tecnologia com ações negociadas nos EUA, Europa e América Latina. Um spoiler: todas elas têm negócios no Brasil, mas nenhuma é brasileira.

A seguir, o ranking completo das 21 empresas com papéis nas bolsas americanas analisadas pela plataforma.