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Gorila adota IA em seu serviço de informações para investidores, e estuda aplicações para sua plataforma de consolidação

Apesar da recente reviravolta no andamento das pesquisas sobre Inteligência Artificial, a plataforma de consolidação de investimentos Gorila está bastante avançada na aplicação do que já está disponível. Nesta entrevista em vídeo para o canal de Fintechs Brasil no Youtube, o CEO da Gorila, Guilherme Assis, revelou que a IA já ajuda os investidores a tomarem decisões – e esta é apenas a porta de entrada, pois segundo ele novas funcionalidades vêm por aí.

“A IA permite, por exemplo, classificar informações segundo as prioridades de cada investidor, além de apresentar resumos de notícias, cartas de fundos e atas de assembleias fornecidas pelo serviço de informações Gorila Flow”, explica Assis.

Lançada em 2016 como uma fintech de investimentos, voltada a organizar o mercado de investimentos, a Gorila lançou o Flow em 2021, após comprar o terminal Fluxonaut.

“Estamos sempre nos perguntando para onde as novas tecnologias vão nos levar, e como vão moldar e influenciar esse mercado de investimentos. No nosso caso, vimos que pode organizar as informações, tornando-as mais claras e úteis, melhorar a experiência dos nossos clientes e ajudá-los a ter insights para a tomada de decisão”, acredita.

Além de consolidador de investimento , a fintech acabou entrando no mercado B2B, de escritórios de investimento, assessores, consultores multifamily offices, até corretoras e bancos.

“A gente está entrando realmente em uma Revolução Industrial liderada por Inteligência Artificial. E não é uma coisa nova, já existe há mais de 60 anos; mas agora está acessível, permite tratar dados e informações em escala a um custo baixo”, diz o CEO.

Além de resumir e classificar, a IA do Gorila Flow também permite filtrar as fontes de informação – o usuário pode escolher só as do Twitter ou a biblioteca do Congresso, por exemplo.

O Gorila foi fundado em 2016, incubado dentro da gestora Iporanga; no começo, tinha três ou quatro pessoas e a ideia era usar a tecnologia para mudar o mercado de investimentos . “Em 2019 a gente fez uma rodada série A, atraímos alguns fundos de venture capital como a Monashees, a própria Iporanga e a Ribbit. “Em 2021 a gente fez uma segunda rodada, de R$ 100 milhões, e esses fundos que já tinham entrado participaram novamente. Mas nossa estrutura ainda é 100% independente, somos financiados e subsidiados pela nossa receita”.

Assis, que tem 42 anos e nasceu em Campinas (SP), é engenheiro formado pela Universidade de São Paulo. Fez carreira em bancos de investimento americanos, como Morgan Stanley e Goldman Sachs, e em 2011 fundou a Iporanga com alguns sócios “Minha carreira foi um pouco invertida: comecei como investidor e depois virei empreendedor”.

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