Vórtx lança solução para avançar em recebíveis

Atualmente, a Vórtx possui 40 gestores e 50 fundos dentro da sua "máquina" de processamento de recebíveis

Para auxiliar na gestão do fluxo de caixa das empresas — um problema que impacta sobretudo as pequenas e médias empresas (PMEs), mas também as grandes companhias, pela dificuldade dos parceiros –, diversas plataformas de infraestrutura despontaram nos últimos anos para atuar com foco em recebíveis. Uma delas é a Vórtx, fintech de infraestrutura para o mercado financeiro e de capitais.

Agora, a “infratech” fundada em 2015 está lançando o Vórtx Receivable System (VRS), uma ‘máquina’ que promete acelerar o processamento dos recebíveis em até 40%, dando agilidade aos negócios de fundos, como os FIDCs. Além disso, traz outros ganhos ao controlar o fluxo de cadastro e aprovação; receber as documentações, fazer a análise e aprovação; e realizar, também, o monitoramento dos pagamentos.

“É a primeira vez que a gente revisita o sistema inteiramente, tanto nas regras de negócios quanto em volumetria, e mexemos no ‘motor’ para oferecer uma maior performance”, afirma Everson Ramos, Chief Product & Technology Officer (CPTO) da Vórtx, em entrevista ao Finsiders. “Com esse modelo, o limite dos recursos é o quanto a gente coloca em nuvem, com maior poder de escala.”

Segundo o executivo, a nova solução atende os fundos, mas pode ser aplicada em outras verticais de crédito, a exemplo do segmento de corporate, em que o tempo de emissão de dívida, da assinatura do contrato à estruturação dos produtos, leva de 120 a 180 dias. “Em fundos, fazemos isso diariamente.”

Além disso, o sistema também permite verificar a saúde da carteira em tempo real. “Com a taxa de juros no patamar que está [a Selic está em 13,75% ao ano] e as crises de crédito, essa ferramenta dá poder para analisar esses dados e ajuda na tomada de decisão dos gestores”, diz.

Novas verticais

Atualmente, a Vórtx tem 40 gestores e 50 fundos dentro do VRS, com um patrimônio líquido de R$ 6 bilhões. Em toda a plataforma, são mais de R$ 500 bilhões em ativos.

Everson conta, ainda, que a fintech vem avançando em fundos líquidos e focando os esforços em novas verticais, como investidores não-residentes. A ideia é aumentar as soluções de banking, sobretudo em escala e eficiência, para melhorar o atendimento ao longo de 2023.

Em meados de janeiro, quando conversou com o Finsiders, ele enfatizou o objetivo de “disputar” a prestação de serviços na administração fiduciária, por meio do processamento de dados e soluções que pudessem agregar valor e complementar os processos.

A fintech ainda trabalha com a Vórtx QR Tokenizadora, uma joint-venture feita em parceria com a QR Capital no âmbito do sandbox da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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