Opinião | A disrupção do Open Finance no Brasil

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Por Fábio Lins*, exclusivo para o Finsiders

O Open Finance, modelo que tem o potencial de mudar para sempre o mercado financeiro do Brasil, vem avançando em sua agenda de implementação. Iniciado em fevereiro de 2021, ainda como Open Banking, o novo sistema aberto irá realizar avanços em todos os serviços financeiros e a maneira como estes são consumidos – e por isso agora é Finance, uma vez que irá incluir seguros, investimentos, entre outros, extrapolando os serviços bancários em sua essência.

Imagine o seguinte cenário: você vai ao supermercado ao qual costuma ir todos os meses para fazer as compras de casa, pega tudo o que precisa e vai ao caixa para pagar. Lá, você descobre que o mercado oferece uma enorme variedade de produtos financeiros.

Uma das linhas de crédito, inclusive, é exatamente a que você procurava, mais atrativa que a que o seu banco atualmente te oferece. No próprio caixa do supermercado, você contrata esse serviço imediatamente. Em uma ida ao mercado, você resolveu um grande problema financeiro e não precisou sequer entrar em contato com um banco.

É isso que propõe a terceira fase do Open Finance e não é algo trivial. É um movimento de democratização que, como o exemplo acima mostra, irá permitir, entre outros avanços, que a população brasileira tenha acesso a todo tipo de serviços financeiros, hoje restritos aos bancos, em qualquer instituição ou estabelecimento, desde que com a permissão do regulador.

A partir de 2022, todos os clientes vão ter acesso a facilidades com os serviços de TED, débito em conta, pagamento de boletos e até oferta de crédito, que poderão ser realizadas por redes de supermercados, farmácias e restaurantes, além de por empresas de tecnologia, como o WhatsApp. Para isso, claro que essa empresa precisa ter a autorização do Banco Central (BC) ou contratar um banco que esteja preparado para prestar o serviço de ITP (iniciação de pagamento) e depende do consentimento do cliente.

Fábio Lins, superintendente executivo de canais, Pix e Open Banking do Banco Original (Divulgação)
Fábio Lins, superintendente executivo de canais, Pix e Open Banking do Banco Original (Divulgação)

Para o mercado como um todo, isso será muito benéfico, pois vai aumentar a concorrência, incluindo também as pequenas e médias empresas (PME). Quem oferecer o serviço de iniciação financeira poderá, inclusive, montar um marketplace de ofertas de crédito baseadas nos consentimentos fornecidos. 

Assim, o cliente poderá escolher a melhor taxa e iniciar a contratação do empréstimo diretamente no estabelecimento comercial, como no exemplo acima do supermercado. Isso significa, na prática, que o seu banco terá que deixar a zona de conforto e, para competir contra tantos concorrentes, precisará entregar os melhores produtos.

Somado a isso, iremos testemunhar outro feito inédito que é a descentralização da oferta dos serviços financeiros. Voltamos ao exemplo do supermercado. Cada estabelecimento poderá ser um canal de contato de serviços financeiros para o consumidor. O mundo das agências como centro de acesso passar a ser cada vez mais distante. O Open Finance dá um salto de evolução em um contexto que vem já experimentando uma ampliação, com o aumento do uso de apps bancários.

É importante ressaltar, no entanto, a envergadura e grandeza desse passo que apresenta uma capilaridade continental. Esse cenário favorece ainda um mar de possibilidades em termos de inovação. São avanços que ainda nem imaginamos. Promove ainda um movimento em que o banco passa integrar a vida do consumidor de forma inédita e, de certa forma, propicia a onipresença dos bancos. Esse é o futuro: um ambiente aberto em que todos os serviços, financeiros e não financeiros, se integram.

E para tornar tudo isso possível em termos estruturais, o único pré-requisito é a conectividade, ou seja, acesso à internet. É inegável que ainda temos muito a avançar nesse sentido. A inclusão digital e financeira da sociedade brasileira é uma questão amplamente discutida e que ainda enfrenta dificuldades. Parte da população sofre com a falta de acesso ou com a má qualidade da rede, o que impacta no aproveitamento e nos benefícios do Open Finance e de outros avanços.

Para maximizar o potencial desta fase, um modelo promissor é a parceria entre empresas e players facilitadores para essa intermediação. Ainda no exemplo do mercado, até mesmo um pequeno comércio local pode oferecer de serviços financeiros, ampliando seu portifólio mesmo sem estar ligado diretamente ao seu core business, com a ajuda de um agente do mercado. Ao contar com um parceiro para essa missão, é possível fornecer serviços financeiros que jamais imaginariam serem ofertados aos clientes por esses players.

E no que diz respeito à segurança? Sabemos que o tema é sempre um tópico de atenção em um sistema aberto e robusto, mas o Open Finance é muito minucioso e regulado nesse quesito uma vez que o cliente precisa acessar se autenticar em seu ambiente financeiro e conceder o aceite para prosseguimento no sistema. Somado a isso, não podemos esquecer do nosso papel como instituições financeiras, de cuidar e educar toda a sociedade sobre credenciais, dados cadastrais e senhas.

O Brasil está preparado para entrar de cabeça nessa fase do Open Finance. Temos um dos mercados financeiros mais avançados do mundo. Somado a isso, com importante influência de um modelo pré-existente pelo órgão regulador, que inteligentemente se inspirou no que foi feito na Europa (mais especificamente o do Reino Unido, lançado em 2018).

Além de ser um dos formatos mais interessantes do mundo, temos a vantagem de começar com algo mais abrangente, único, e já partimos de um ponto com vários aprendizados já maturados pelos europeus, como por exemplo a padronização das APIs. Aprendemos com os erros e acertos de outros e já estreamos de forma mais madura.

Além disso, temos no Brasil um grande número de early adopters. Temos mais usuários de Netflix do que TV a cabo, ocupamos a 2ª posição no ranking mundial de uso do WhatsApp, somos o 3º país que mais usa redes sociais no mundo e temos muitos exemplos nesse sentido. Por isso, vejo que o brasileiro é muito aberto e disposto a utilizar novas tecnologias e inovações que surgem no mercado.

Implementar um projeto ousado e disruptivo como esse não é simples. As principais preocupações do setor são a experiência do usuário e a comunicação. Mas o que está sendo feito para atenuar as questões? Ainda há um longo caminho a percorrer, e todos os players estão trabalhando para garantir que o processo seja fluído, natural e sem atritos.

Como o objetivo é o compartilhamento, todos precisam estar prontos, um banco não vai operar o Open Finance sozinho. Este é um sistema em que ajustes são naturais e parte da implementação, dada a sua magnitude. Inclusive, já vislumbrados e mapeados, como foi com o Pix no passado.

Ele se aplica a comunicação. Como toda grande mudança é preciso esclarecimento sobre benefícios e funcionamento. A complexidade e abstração do tema são desafios que precisam ser superados para que o conhecimento e o todo o sistema tenham o sucesso do Pix, por exemplo.

A boa notícia é que mesmo com alguns desafios, o Open Finance já está funcionando como deveria, sem problemas reais e com total segurança. A terceira fase, sendo liberada de maneira escalonada, e a implementação das demais etapas vai trazer ao brasileiro uma mudança real, colocando todos os players em pé de igualdade. Agora é o momento de acirrar, de verdade, a competição nesse setor.


*Fábio Lins é superintendente executivo de canais, Pix e Open Banking do Banco Original.

As opiniões neste espaço refletem a visão dos especialistas e executivos de mercado, e não a do Finsiders.

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Redação: Conteúdos produzidos pela equipe de jornalistas do Finsiders,
além de artigos de executivos do setor

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