Nubank começa 2022 com recomendações de compra das ações

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O ano começou bem para o Nubank. Três casas de análise divulgaram hoje suas recomendações de compra das ações do banco digital: Goldman Sachs, Morgan Stanley e UBS BB (joint venture do banco suíço com o Banco do Brasil).

Os relatórios do trio de bancos de investimentos apontam como fatores positivos para a recomendação uma base de clientes ampla, em expansão e em maturação, oportunidade de lançar novos produtos (cartões, por exemplo) e serviços (tal como seguros) inclusive para as pequenas e médias empresas (PMEs) e uma carteira de crédito que tem tudo para crescer nos próximos anos.

Para o UBS, a recomendação para as ações NU é com preço-alvo de US$ 12,50 em 12 meses, no caso do Goldman Sachs é de US$ 15 e no Morgan Stanley é de US$ 16. Se levar em conta esta melhor avaliação, os papéis teriam um potencial de valorização de 70% comparado ao fechamento da última sexta-feira, dia 31 de dezembro, em US$ 9,38.

Às 15h37, as ações do Nubank eram negociadas a US$ 9,96 na NYSE e R$ 9,34 (NUBR33) na B3. Fecharam os pregões em US$ 9,98 nos EUA e em R$ 9,30 no Brasil.

Os analistas do Goldman Sachs avaliam que a lucratividade do Nubank deve crescer a partir do ano que vem. E o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco digital deve atingir 39% em 2025.

Já os especialistas do UBS BB acrescentam que a expectativa é que a base de clientes chegue a 100 milhões em 2026, sendo 80 milhões no Brasil, 15 milhões no México e 6 milhões na Colômbia). Hoje são mais de 48 milhões com contas abertas no banco digital.

Os analistas do UBS BB também projetam que a receita média por cliente 4x maior nos próximos 4 anos, para US$ 16 nos próximos 4 anos.

O relatório do Morgan Stanley, por sua vez, aponta para uma estimativa de crescimento de receita de 97% em 2022, 54% em 2023 e 58% em 2024. Além disso, projetam um crescimento médio anual composto (CAGR, na sigla em inglês) de 3 anos de 68%.

Os analistas do Morgan Sntaley calculam ainda um break even em 2022, atingindo um lucro de US$ 56 milhões neste ano e aumentando para US$ 4,076 bilhões até 2026.

De acordo com o último balanço divulgado pelo Nubank, no ano passado até setembro, a instituição registrava um prejuízo de R$ 528 milhões.

Entenda

O Nubank fez IPO em dezembro e após dois dias do início das negociações passou a valer US$ 47,61 bilhões. Isso porque suas ações fecharam, naquele dia, cotadas a US$ 11,85 por papel na bolsa norte-americana e a R$ 11,50 por aqui.

Na véspera da abertura, o banco digital havia fixado o preço de US$ 9 por ação, o que o colocava como a instituição mais valiosa da América Latina.

Cerca de 20 dias depois do IPO, no dia 20 de dezembro, a cotação do papel chegou a cair 8,78% na NYSE, para US$ 8,94. Foi a primeira vez que as ações ficaram abaixo do valor definido para a abertura das negociações e foi puxado pela redução de liquidez característica da época (devido às festas de final de ano), somado ao receio de mais um recrudescimento da pandemia e uma turbulência que se encontra no mercado norte-americano.

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Redação: Conteúdos produzidos pela equipe de jornalistas do Finsiders,
além de artigos de executivos do setor

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