Com BTG, Noh passa a oferecer iniciação de pagamentos

Para rodar o serviço, a Noh fechou parceria com o BTG Pactual, uma das instituições aptas a operar atualmente como iniciador de pagamentos

Aos poucos, a iniciação de pagamentos ganha os primeiros casos de uso. Aqui no Finsiders, já mostramos alguns deles. Hoje foi a vez da Noh, fintech que quer simplificar os gastos e pagamentos compartilhados, anunciar essa funcionalidade para seus usuários, com foco no abastecimento da carteira digital, ou seja, cash-in.

A funcionalidade já está disponível para usuários que têm smartphones com sistema operacional Android e em breve será liberada para quem tem aparelhos com iOS, informou a cofundadora e CEO, Ana Zucato, ao Finsiders.

Para rodar o serviço, a Noh fechou um acordo com o BTG Pactual, uma das 14 instituições aptas a operar atualmente como iniciador de transação de pagamento (ITP) no Open Finance. O banco fica responsável pela infraestrutura para viabilizar as movimentações financeiras realizadas via ITP na carteira da Noh.

O movimento de parceria corrobora uma fala de Ana, em sua primeira entrevista ao Finsiders, em março, quando questionada sobre a intenção de virar ITP. “Não é nosso core. Nosso core é divisão de gastos. Então, vamos provavelmente fazer parceria com um deles, plugando APIs”, afirmou ela, na época.

Segundo a empreendedora, a solução de iniciação de pagamentos traz conveniência para o usuário e deve seguir o mesmo caminho, assim como o Pix escalou rapidamente. “Nossa intenção é entregar uma experiência acima da média para o consumidor. Se o banco dele estiver preparado para o PISP, será muito mais fácil abastecer a conta da Noh, tornando essa operação ainda mais ágil”, diz ela, em nota.

Mercado

Os concorrentes estão se movimentando em relação à iniciação de pagamentos. No início do mês a Cumbuca, também de conta compartilhada, lançou a funcionalidade em parceria com a Quanto, conforme o Finsiders noticiou com exclusividade. A fintech aguarda, ainda, a aprovação no Banco Central (BC) para sua licença de ITP.

Com o avanço do Pix, do Open Finance e de novas decisões do BC, a tendência é que a iniciação de pagamentos ganhe força e sejam explorados novos casos de uso. Na última sexta-feira (25), inclusive, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a possibilidade de as fintechs de crédito (SCDs e SEPs) também atuarem como ITPs.

Em evento recente, Carolina Bohrer, chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro (Deorf) do BC, disse que há uma aceleração de pleitos para se tornar iniciador de transação de pagamento. “Foi um processo adiantado pelo WhatsApp Pay e agora vemos maior interesse por conta do Open Finance. Temos atores relevantes entrando, tanto nacionais quanto big techs”, afirmou.

Leia também:

Cumbuca, a fintech da “conta conjunta reinventada”, lança iniciação de pagamentos

Conheça casos de uso possíveis com a iniciação de pagamentos

Iniciador quer ser a plataforma “enabler” dos iniciadores de pagamento