Fiserv e BRCondos são autorizadas a operar como SCD

Além da BRCondos e da Fiserv, a Conta Pronta também teve o aval do regulador para funcionar como instituição de pagamento (IP)

A lista de instituições reguladas não para de crescer. Nesta semana, companhias como BRCondos e Fiserv receberam autorização do Banco Central (BC) para operar como Sociedade de Crédito Direto (SCD). Já a Conta Pronta teve o aval do regulador para funcionar como instituição de pagamento (IP).

A Fiserv, empresa norte-americana especializada em soluções de tecnologia de serviços financeiros e de pagamentos, foi autorizada pelo BC a funcionar como SCD, com capital inicial de R$ 1,48 milhão. É a segunda licença que companhia recebe — em setembro do ano passado, ela teve o aval do regulador para operar como IP.

Quem também recebeu o aval do regulador foi a BRCondos, rede de administração de condomínios que gerencia atualmente mais de 120 mil unidades em mais de 100 cidades. Sua SCD recém-autorizada tem capital inicial de R$ 2 milhões.

A Conta Pronta — que estrutura e desenvolve soluções financeiras para diversos segmentos, como imobiliário, frete, educação e saúde — foi outra que se juntou à lista de instituições reguladas, autorizada a operar na modalidade de emissor de moeda eletrônica — que permite gerir contas de pagamento pré-pagas.

Contexto

A figura de SCD é um dos modelos de negócio de fintech de crédito regulamentado pelo Banco Central em 2018, junto com a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP). Ao todo, são cerca de 100 SCDs autorizadas e outras 11 SEPs, de acordo com os dados disponíveis no site do BC.

As IPs, por sua vez, já são 76, número que deve crescer ainda mais nos próximos meses, principalmente com empresas interessadas em atuar como emissores de moeda eletrônica ou iniciadores de transação de pagamento

“Começamos a ver uma aceleração de pleitos para ITP, que estão ligados à evolução da agenda do Open Finance”, disse Carolina Bohrer, chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro (Deorf) do BC, num evento em novembro de 2022. “Temos atores relevantes entrando, tanto nacionais quanto big techs”, citou ela na ocasião.

Em dezembro, por exemplo, o Google Pay — carteira digital do Google — teve o aval do regulador brasileiro para funcionar como IP justamente na modalidade de ITP, num movimento que demostra o apetite de uma das principais big techs por serviços financeiros no Brasil.

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