Investimento em fintechs brasileiras desaba em março

O volume de aportes em fintechs foi de pouco mais de US$ 13,2 milhões, praticamente um terço da média registrada no bimestre janeiro/fevereiro

A queda dos investimentos em fintechs brasileiras se acentuou fortemente em março: o volume de rodadas soma pouco mais de US$ 13,2 milhões, segundo recente levantamento da plataforma de dados Sling Hub. O montante é praticamente um terço da média registrada no bimestre janeiro/fevereiro, que ficou em aproximadamente US$ 39 milhões cada. No ano, o total é de US$ 91,5 milhões.

Em março, houve ao todo 15 negócios com fintechs, sendo oito aportes e sete operações de fusões ou aquisições (M&A). A matéria é do portal parceiro Fintechs Brasil.

Mas não foram apenas as fintechs brasileiras que amargaram um inverno antecipado: todas as latinas perderam – a redução foi de 83%.

“No fechamento do verão latino, o inverno das startups parece estar mesmo chegando por aqui. O primeiro trimestre de 2023 teve o menor valor levantado no período desde 2020 e o menor número de deals desde 2019”, diz em nota João Ventura, CEO da Sling Hub.

Considerando as startups como um todo, março teve US$ 83 milhões em investimentos, uma queda de 92% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O Brasil perdeu a liderança entre os países da América Latina em relação a atração de investimentos em startups – em março, esse posto ficou com o México. Na região, a queda dos aportes foi de 83%.

Embora o recuo tenha sido para todas as faixas de captação, os big rounds foram os mais impactados. Enquanto os investimentos até US$ 10 milhões caíram 38% em relação ao primeiro trimestre de 2022, os rounds acima desse valor despencaram de uma altura maior, caindo 75%.

*Este conteúdo foi originalmente publicado no Fintechs Brasil.

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