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Consumidores poderão pagar compras em pequenas e médias empresas com cartões pelo WhatsApp

O Banco Central liberou o serviço de pagamentos de pessoas para pequenas e médias empresas do WhatsApp. O negócio havia sido lançado em 2020, mas proibido logo em seguida; desde março de 2021, a transferência de dinheiro entre pessoas estava liberada. Isso significa que os usuários do WhatsApp poderão pagar por produtos e serviços diretamente em uma conversa com cartões de débito e crédito Mastercard e Visa. O início das transações de pagamento em produção por meio do aplicativo WhatsApp deve ser comunicado pelos instituidores a todos os participantes de seus arranjos de pagamento com antecedência mínima de 30 dias.​​​

“Construímos uma plataforma aberta com a participação de vários adquirentes brasileiros para assegurar o acesso do maior número possível de empresas e pessoas ao serviço. Estamos finalizando os testes que temos conduzido com parceiros como CieloFiserv , Getnet BrasilMercado Pago e Rede“, disse em sua página no Linkedin Guilherme Horn, Head do WhatsApp para a América Latina.

Em nota, a Visa também comemorou a decisão: “Acreditamos no potencial da solução como impulsionador da inclusão, da digitalização e do desenvolvimento de milhares de micro, pequenas e médias empresas brasileiras e está trabalhando no lançamento do serviço junto com a Meta e credenciadores participantes”.

O pagamento no WhatsApp utiliza o Visa Token Service, tecnologia que substitui os dados da credencial, como o número de conta e a data de validade do cartão, por um identificador digital único (um “token”) que pode ser usado para fazer pagamentos sem expor informações sensíveis de uma conta.

Na prática, o que o BC fez foi suspender as medidas coercitivas aplicadas à Mastercard Brasil Soluções de Pagamento Ltda (Mastercard) e à Visa do Brasil Empreendimentos Ltda (Visa) que proibiam transações de pagamento por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp (Programa Facebook Pay) com o uso dos arranjos de pagamento de propósito de compra (P2M) e de propósito de transferência (P2P) desses instituidores.

O BC esclarece que mesmo após a implementação em produção do Programa Facebook Pay, a adesão de novas instituições interessadas (credenciadores ou emissores) em participar da solução de pagamento deverá permanecer aberta.