PagSeguro fecha com seis assets para oferecer fundos na plataforma

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A PagSeguro fechou novas parcerias com seis gestoras para oferta de fundos de investimento em sua plataforma. Com isso, a empresa passa a disponibilizar fundos das assets Ibiuna, RPS Capital, Western Asset, Helius Capital, Santa Fé e AZ Quest, que juntas somam R$ 85 bilhões sob seu guarda-chuva.

“As novas parcerias são mais uma mostra da ação constante do PagSeguro PagBank em diversificar e oferecer variados modelos de serviços para quem busca uma boa rentabilidade nos fundos de investimento”, diz Ricardo Dutra, CEO do PagSeguro PagBank.

Entre os novos produtos disponíveis está o fundo de renda fixa AZ Quest Termo, da AZ Quest; o multimercado Helius Lux Long Biased, gerido pela Helius; além de três produtos da Ibiuna: Ibiuna Long Biased, Ibiuna Long Short e Ibiuna Credit. A terceira opção é a estratégia de crédito privado, uma novidade dentro da gestora e que acumula retorno de 365% do CDI desde seu lançamento em 2020. A Western Asset, que gere cerca de US$ 500 bi globalmente, oferece no PagBank cinco novos fundos que buscam ganhos em renda fixa nacional, BDRs, inflação e no índice S&P 500.

Além dos fundos de renda fixa, ações, cambiais, multimercados e criptomoedas, o PagBank tem CDBs do BancoSeguro, pagando 200% do CDI com liquidez diária, com aplicações a partir de R$ 1, além da opção que remunera a 175% do CDI, para investimento com prazo de um ano.

Resultado

No primeiro trimestre, a PagSeguro teve lucro líquido de R$ 271,3 milhões no primeiro trimestre, queda de 24% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida foi de R$ 2,1 bilhões, um incremento de 30,2% em igual base de comparação. Já o Ebtida ajustado subiu 11,8%, para R$ 573,1 milhões.

O volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) ficou em R$ 81,4 bilhões, mais do que o dobro em comparação com os três primeiros meses de 2020. O número também considera o TPV do PagBank, de R$ 31,4 bilhões, alta de 259,3%.

Na vertical de adquirência, o volume processado de vendas no primeiro trimestre foi de R$ 50 bilhões, 58% maior em relação ao mesmo período de 2020, impulsionado pela redução das medidas de isolamento social no período e pelas novas iniciativas de crescimento, como maior exposição às transações online. Só no Dia das Mães, por exemplo, foi processado quase R$ 1 bilhão em volume de vendas, um aumento de 106% em relação à data anterior. Já o número de estabelecimentos ativos chegou a 7,3 milhões, com aumento de 1,8 milhão nos últimos 12 meses.

No PagBank, banco digital da PagSeguro, o número de clientes ativos chegou a 9,1 milhões, crescimento de 1,3 milhão de janeiro a março deste ano e 5,4 milhões nos últimos 12 meses. Em maio, esse número chegou a 10 milhões. O PagBank, inclusive, comemorou dois anos de atuação no mercado brasileiro com um total de mais de 48 milhões de downloads durante todo este período, sendo 7 milhões apenas no primeiro trimestre de 2021.

Já o volume processado pelo PagBank, que considera as recargas e os gastos dos cartões emitidos, os pagamentos de contas, as recargas de celular, as transferências eletrônicas para diferentes titularidades, depósitos, empréstimos, entre outros, cresceu 261%, alcançando R$ 31 bilhões no trimestre, o que refletiu positivamente nas receitas do PagBank que cresceram 48% em comparação ao período anterior. Por sua vez, a carteira de crédito chegou a quase R$ 800 milhões ao final de março.

O PagBank vem trilhando uma estratégia que outros bancos digitais também adotam, num movimento conhecido como rebundling, agregando novos produtos e serviços financeiros, para além da conta digital e de operações básicas. Este ano,  incluiu fundos na plataforma, seguro residencial e para smartphone, além do PagPhone — que integra smartphone, maquininha e banco digital — e da Moderninha ProFit, maquininha sem aluguel que imprime comprovante e recebe pagamentos por aproximação.

A concorrência no segmento de bancos digitais está mais acirrada. O Nubank ultrapassou 40 milhões de clientes, Inter já soma mais de 11 milhões, Neon abriu mais de 11 milhões de contas, só para citar alguns exemplos. O next, do Bradesco, acabou de superar 5 milhões de clientes. O Original está perto dessa marca também, conforme contou ao Finsiders Raul Moreira. Já o C6 Bank, fundado em 2019, já superou 6 milhões de contas abertas.

Resta saber como cada um vai se diferenciar para prender a atenção dos usuários. Mas uma coisa é certa: estão sendo mais usados pelos brasileiros, principalmente os mais jovens. Segundo pesquisa recente divulgada por C6 Bank e Ipec, a maioria das pessoas ainda usa os bancos tradicionais, em comparação com os bancos digitais — 65% contra 31%. Porém, quando avaliado por faixa etária, é possível ver que, no caso dos brasileiros com idade entre 16 e 24 anos, os bancos digitais já superam os tradicionais, 51% contra 41%.

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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.

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