Artigo: Com 5G, bancos ganham cada vez mais espaço na vida dos clientes

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Por Fábio Lins*, exclusivo para o Finsiders
A tecnologia 5G, um dos grandes motores da revolução tecnológica da nossa era, está finalmente se tornando realidade no Brasil. A expectativa em torno do assunto é mais que justificável por todos os ângulos que se possa analisar.

Para se ter uma ideia da magnitude, os negócios gerados na onda do 5G poderão impactar o PIB brasileiro em até US$ 1,2 trilhão em 15 anos, segundo cálculos da consultoria Omdia. Essa expansão na conectividade vem ocasionando uma transformação sem precedentes no mercado financeiro.

No Brasil, particularmente, há ainda três forças convergentes atuando nesse contexto: um regulador que incentiva o aumento da competitividade e a inclusão de novos entrantes, o avanço da tecnologia que permite a criação de novas soluções e inovações e um consumidor ávido por experimentar, com novos hábitos de consumo e um perfil “early adopter”. A conectividade entra no contexto de ampliar, facilitar e disseminar o uso dessas novas soluções e inovações.

Menos banco, mais tudo

Quais as implicações dessa tecnologia que oferece maior largura de banda e conexão de velocidade ultrarrápida para os serviços financeiros? Em primeiro lugar, diminui-se a importância dos aplicativos de celular. Estes foram criados justamente para diminuir tráfego de dados e imagens e, assim, não sobrecarregar a conexão.

Outra previsão que se pode fazer é que os sites responsivos poderão ganhar protagonismo novamente, pois permitirão uma melhora expressiva da experiência do usuário, uma vez que não será necessário entrar na loja do Google e da Apple para baixar um app. Será o fim dos super apps?

A capacidade da rede 5G permitirá que vários dispositivos se conectem para respaldar as necessidades de uma nova era digital, em que cada vez mais objetos contarão com microssensores e se tornarão inteligentes.

Por outro lado, a popularização dos smartphones na última década e a grande quantidade de dados coletados na jornada digital dos clientes de todos os tipos impulsionaram o avanço da inteligência artificial.

Com ela, se inicia um movimento de hiper personalização das ofertas, incluindo o uso de realidade aumentada, que terá um crescimento exponencial graças ao uso intensivo de processamento em nuvem em tempo real, outra facilidade permitida pelo 5G.

A tecnologia de conectividade de quinta geração permite imaginar um futuro verdadeiramente ominichannel em que o banco passará a integrar a vida do cliente como um todo, deixando de ser apenas um recurso necessário no momento de efetuar pagamentos.

O banco funcionará muito mais como um agregador, no qual será possível começar uma operação no espelho conectado do banheiro de casa para terminá-la na tela multimídia do carro, por exemplo.

Por conta do 5G, haverá uma exponencialização dos microssensores – IoT (sigla em inglês para internet das coisas) e poderemos estar conectados também por meio do relógio, eletrodomésticos, óculos, roupas e…. smartphones.

Com isso, é possível prever que a experiência do cliente vai evoluir do conceito omnichannel para o de multi-interface. E que a ideia do “mobile first” terá que necessariamente migrar para “context first”.

O banco se permeará às redes sociais, ao comércio eletrônico, aos games e aos chats, inclusive no metaverso.

Diante disso, percebe-se que as novas tecnologias e soluções resolverão problemas e facilitarão a vida dos clientes onde quer que estejam, em TODOS os lugares. O digital banking será menos banco, mais tudo.

*Fábio Lins é superintendente executivo de inovação, canais, Pix e Open Banking do Banco Original.

As opiniões neste espaço refletem a visão dos especialistas e executivos de mercado, e não a do Finsiders.

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Conteúdos produzidos por jornalistas do Finsiders e artigos exclusivos de executivos e especialistas no setor financeiro

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