SumUp compra norte-americana Fivestars por US$ 317 milhões

SumUp compra Fivestars (Divulgação)
SumUp compra Fivestars (Divulgação)

A aquisição permitirá que ambas as empresas ofereçam serviços essenciais para proprietários de pequenas empresas nos Estados Unidos e em todo o mundo. Com a operação, a SumUp terá acesso a uma base de 12 mil clientes da Fivestars, que atualmente movimenta mais de US$ 3 bilhões em vendas e 100 milhões de transações por ano.

É o primeiro deal feito pela SumUp desde que anunciou um aporte de 750 milhões de euros, em março. Desse montante, vale lembrar, cerca de 225 milhões de euros foram destinados à operação brasileira.

“Estamos confiantes de que esta aquisição irá estimular ainda mais a recuperação da economia das pequenas empresas americanas. Agora é a hora de garantir que nossa presença seja tão forte nos Estados Unidos quanto ela é na Europa e na América Latina”, diz Marc-Alexander Christ, cofundador da SumUp, em comunicado.

Victor Ho, cofundador e CEO da Fivestars, diz que fundou a startup para dar às pequenas empresas a oportunidade de prosperar na economia digital. “Juntos [Fivestars e SumUp], esperamos seguir empoderando as pequenas empresas”, afirma, no texto. Ele e o restante da equipe, sediada em San Francisco, permanecerão em suas funções.

Enquanto persegue o crescimento no território do Tio Sam, no Brasil a SumUp também vem fazendo movimentos importantes. Recentemente, deu entrada no Banco Central (BC) ao pedido para se tornar Instituição de Pagamento (IP), conforme revelou o Finsiders.

Com a licença de IP, passaria a atuar como adquirente plena, um setor que soma mais de 25 empresas, mas cujo market share ainda é dominado por Cielo e Rede, apesar do avanço acelerado de nomes como Stone, PagSeguro e Mercado Pago.

“A SumUp entrou com muito sucesso no Brasil, e hoje já somos o segundo maior player, depois da PagSeguro, que atende o nanoempreendedor”, disse Mariana Lazaro, CFO da SumUp para a América Latina, ao Finsiders, em setembro.

A estratégia da SumUp para ganhar mercado é ir além da oferta de pagamentos, como a maquininha de cartões, e agregar novos produtos e serviços, como link de pagamento e microcrédito, num modelo de ‘balcão único’.

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