Tem BaaS para todo mundo: Modal compra LiveOn

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Na terceira operação de M&A envolvendo um player de banking as a service (alô, alô, Open Finance!) nesta semana, o Modalmais anunciou na noite desta quarta-feira (6) a aquisição de 100% da LiveOn, que atua no segmento. O valor da transação não foi divulgado.

Fundada há seis anos e com 68 parceiros em carteira, a LiveOn fornece infraestrutura tecnológica white-label com serviços como conta digital, pagamento via QR Code, cartão pré-pago, pagamentos, transferências, emissão de boletos, entre outros, além de soluções de payment as as service (PaaS) e credit as a service (CaaS), em parceria com a Focus Financeira. No portfólio estão nomes como Conta Black, BoxPag e outros.

“Com uma estrutura bancária robusta como a do Modal, que tem mais de 25 anos de trajetória e a chancela do Credit Suisse, nos tornamos ainda mais competitivos. Agora, a LiveOn deixa de ser uma infratech para oferecer também curadoria em produtos, serviços, conteúdo e inteligência de mercado para os parceiros, evoluindo o conceito de BaaS”, diz Lucas Montanini, CEO da LiveOn, no comunicado ao mercado, divulgado pelo Modal.

Um conceito que evolui para o everything as a service (XaaS), como diz Cristiano Ayres, CEO do Modal. “Nossa visão é a de que o mercado financeiro será muito mais conectado ao dia a dia das pessoas e necessariamente mais fluido, permitindo uma experiência hiperpersonalizada”, afirma.

Além de disponibilizar produtos e serviços financeiros (conta digital, Pix, serviços de crédito, seguros, etc.), a materialização do XaaS se dará por meio da integração com as demais ofertas disponíveis no ecossistema do Modal, tais como plataforma de investimento (IaaS – investment as a service), conteúdos de análises (RaaS – research as a service), materiais de educação financeira e câmbio, diz o comunicado.

A transação ocorre num momento em que o Modal vem fazendo uma série de aquisições estratégicas para fortalecer seu ecossistema financeiro. Na semana passada, o banco fechou a compra da KeyCash para avançar em home equity.

Em julho, concluiu a aquisição do portal de notícias 1Bilhão, reforçando o investimento em educação financeira. Antes, já tinha comprado a startup de análise de dados Refinaria de Dados, além da plataforma de consolidação de investimentos Carteira Global, a casa de análise independente Eleven Financial Research e a escola Proseek.

No segundo trimestre, o banco digital teve lucro líquido ajustado de R$ 45,9 milhões no segundo trimestre, 2,3x maior em relação ao mesmo período de 2020. Alcançou R$ 26 bilhões em ativos sob custódia (AuC), um incremento de 87,7% na comparação anual. A base total encerrou junho com aproximadamente 440,3 mil clientes ativos (quantidade que avançou 36,9% ano contra ano).

Dizer que o mercado está aquecido é pouco para demonstrar o apetite das empresas, num contexto em que todos estão se preparando para o Open Finance. Só nesta semana, a Dock comprou 100% da BPP e a Porto Seguro fechou a aquisição de 74,6% da Atar.