Open Finance: comparação com Reino Unido e análise do porvir

Hoje poucas instituições reportam benefícios claros advindos do uso do ecossistema de Open Finance, escreve Daniel Arraes, diretor da FICO

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Por Daniel Arraes*, exclusivo para o Finsiders
Em 2021, o Open Banking começou a funcionar no Brasil. Após dois anos, o que mudou no mercado financeiro brasileiro com o hoje chamado Open Finance? A primeira fase do Open Finance brasileiro foi implementada em fevereiro de 2021. Atualmente, vivenciamos a implantação da fase 4, que traz, entre outras coisas, a vantagem da integração com o Pix e a flexibilização das modalidades de pagamento oferecidas ao consumidor final.

Analisando os números alcançados pelo ecossistema do Open Finance, nota-se um relativo êxito na sua adoção. De acordo com o relatório do quarto trimestre de 2022, temos no Brasil:

  • Aproximadamente 5 bilhões de chamadas de APIs no 4T 2022;
  • Mais de 18,7 milhões de consentimentos ativos, que correspondem a 13,4 milhões de clientes, incluindo PF e PJ;
  • Mais de 800 instituições participantes, sendo 150 conglomerados;
  • Mais de 16 Instituições de Transação de Pagamento (ITPs) aprovadas.

A dinâmica de adoção mostra uma forte aceleração desses números a partir do último trimestre de 2022, o que sugere que o Open Finance tem se tornado mais conhecido pelo consumidor, seja pessoa física ou jurídica, e que 2023 deve ser mais um ano de expansão para esse ecossistema na medida em que novos casos de uso forem implementados.

Mas como esses números se comparam a outros países onde o ecossistema também está implementado? Podemos comparar o Brasil ao Reino Unido, por ter sido pioneiro na implantação de Open Banking já em 2018, e cujo modelo operacional e regulatório é exportado para cerca de 80 países pelo mundo.

O Reino Unido observou uma adoção bastante lenta nos primeiros dois anos, e passou por uma aceleração significativa no pós-pandemia. Até meados de 2020, o número de usuários ficou praticamente estacionado em cerca de 3% dos consumidores digitais. No biênio 2021-2022, esse número chegou a 11% desses mesmos consumidores, o que equivale a 7 milhões de pessoas ou empresas, segundo dados do Open Banking.org.uk.

Importante ressaltar que o Reino Unido possui uma população de aproximadamente 68 milhões de pessoas. Cerca de 64% dos usuários reportam uso do Open Banking para compartilhamento de dados, enquanto 30% usam o sistema para pagamentos e 6% fazem uso de ambos. As ofertas das empresas atreladas ao ecossistema se concentram em torno a três grupos de propostas: melhores decisões financeiras com mais dados disponíveis, maiores opções de pagamento e melhores ofertas de empréstimos.

Em relação às expectativas futuras, vários executivos do setor financeiro no Reino Unido citam a expansão do sistema para o Open Finance com a inclusão de mais dados, como investimentos, por exemplo, como uma oportunidade para uma nova gama de negócios, principalmente aqueles relacionados a suporte e consultoria financeira.

Leia mais: Pagamentos via Open Banking no Reino Unido mais do que dobram em 2022

Esses serviços de assessoria financeira têm o potencial de ajudar os consumidores a tomar decisões de forma mais segura quando forem solicitar um serviço financeiro, além de ajudar as pessoas e empresas neste momento de recessão e aperto monetário, ampliar a inclusão financeira, melhorar a segurança das transações e ampliar a possibilidade de escolha do consumidor.

De volta ao caso brasileiro, poucas instituições reportam benefícios claros advindos do uso do ecossistema de Open Finance. Alguns números reportados indicam 1,5 milhão de usuários no caso do Banco do Brasil (BB), 10,8 milhões de usuários para o Bradesco e 3,4 milhões no Santander (2.7 vezes mais que os consentimentos de saída de dados), sendo que este último é o único que reporta R$ 100 milhões de aumento de carteira de crédito oriundo do uso do sistema.

Os dados são dos informes trimestrais de resultados do quarto trimestre de 2022 dos respectivos bancos. Vale lembrar que esses números ainda mostram pouco impacto da iniciação de pagamento, arranjo através do qual um cliente poderá autorizar pagamentos movimentando suas contas bancárias através de um terceiro.

Daniel Arraes, diretor de desenvolvimento de negócios da FICO para América Latina. Foto: Divulgação
Daniel Arraes, diretor de desenvolvimento de negócios da FICO para América Latina. Foto: Divulgação

Durante o ano de 2022, quase todos os bancos participantes do Open Finance implementaram a funcionalidade de compartilhamento de dados em seus aplicativos e investiram em campanhas de estímulo para que os clientes tragam seus dados de outras instituições, centralizando sua vida financeira em um único aplicativo, o que para o cliente pode se traduzir em vantagens, como: melhores limites e ofertas de crédito, menores anuidades, melhores taxas de juros e, recentemente, maiores facilidade de gestão financeira com a funcionalidade de transação de pagamentos, através da qual o cliente pode comandar um débito em qualquer banco onde tenha relacionamento através do aplicativo de outro banco ou instituição de pagamento autorizada.

Além das vantagens atualmente prometidas pelos bancos, com a expansão do Open Finance e inclusão de dados como investimentos e seguros, será possível ofertar ao cliente aconselhamento e gestão financeira. Alguns bancos já iniciaram essa oferta por meio de serviços de análise de gastos e transações, categorizações por tipo e setor de gasto e outras análises sobre os dados compartilhados.

Com ferramentas de inteligência artificial (IA) e maior histórico de dados, é esperado que esses serviços evoluam de uma mera análise exploratória de dados para um aconselhamento que contenha a oferta de produtos moldados às necessidades dos clientes, não só de crédito, que parece ser o foco hoje, mas também investimentos e qualquer tipo de serviço que possa melhorar a vida financeira do consumidor.

Outra tendência, reforçada pela ampliação dos dados disponíveis para análise, é a oferta de serviços que extrapolam a dimensão financeira. Alguns bancos já investem há certo tempo na composição de serviços ligados a consumo que podem ser realizados por meio de ofertas financeiras adequadas.

A ideia é viabilizar o desejo ou necessidade de consumo de um cliente, seja uma experiência de viagem, um aparelho celular, um carro ou uma casa, por meio de uma oferta financeira que leve em consideração toda a situação financeira do consumidor, seus investimentos, obrigações financeiras, fluxos esperados de entrada de dinheiro e qualquer outro dado que possa ser usado na “engenharia” de um produto financeiro que permita realizar da melhor maneira o seu desejo de consumo.

Após dois anos do início de sua implementação, o Open Finance brasileiro parece seguir um caminho de consolidação como ferramenta para melhoria da vida financeira dos consumidores, mesmo não tendo ainda mudado de forma evidente a relação dos bancos com seus clientes.

Alinhado à demanda mundial para uma economia mais dinâmica e conectada, o Open Finance segue em tendência crescente em sua velocidade de adoção pelos consumidores, o que pode ser observado pelos dados de uso de APIs e consentimentos concedidos. Mas, pelo menos duas barreiras ainda precisam ser vencidas para uma adoção mais abrangente: a conquista definitiva da confiança do consumidor quanto à segurança dos dados e a percepção clara e inequívoca das vantagens do uso do sistema.

*Daniel Arraes é diretor de desenvolvimento de negócios da FICO para América Latina.

As opiniões neste espaço refletem a visão dos especialistas e executivos de mercado, e não a do Finsiders.

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